segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quem conta um conto


Estimular os hábitos de leitura e de escrita nos alunos do 2.º ciclo do Ensino Básico é o objectivo do concurso Quem Conta um Conto... Acrescenta um Ponto, iniciativa do Plano Nacional de Leitura, em parceria com o semanário Sol. Os trabalhos devem ser realizados até ao dia 14 de Janeiro.
O concurso convida os alunos participantes a escrever um conto que dê seguimento a um dos 24 livros da colecção Clássicos Portugueses Contados às Crianças, editada com o semanário SOL em 2008.
Para mais informações, consultar o sítio do Plano Nacional de Leitura.

O semanário SOL associa-se ao Plano Nacional de Leitura numa iniciativa que procura estimular os hábitos de leitura e de escrita nos alunos do 2º ciclo.Quem conta um conto acrescenta um ponto é o nome do concurso que arrancará já em Novembro.O objectivo é desafiar os alunos das turmas do 2º ciclo a escrever um conto que dê seguimento a um dos livros da colecção CLÁSSICOS PORTUGUESES CONTADOS ÀS CRIANÇAS, editada com o semanário SOL em 2008.O projecto abrange todas as escolas do 2º ciclo de Portugal continental, num total de cerca de 1000 escolas.Para divulgação do concurso, brevemente serão enviados livros às escolas, bem como informações adicionais.Para além dos prémios dos vencedores, as bibliotecas das escolas e todas as turmas participantes receberão colecções de livros.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Aniversário do nascimento de Eça de Queirós

Assinala-se hoje o aniversário do nascimento de José Maria Eça de Queirós e a Biblioteca não poderia deixar de assinalar a data, pelo que dedicou este mês ao escritor e os docentes de Língua Portuguesa abordaram, nas suas aulas, a vida e obra deste.
Pelo Prof. Carlos Reis:
Tendo nascido na Póvoa do Varzim (25 de Novembro de 1845), Eça de Queirós desenvolveu a sua vida literária entre meados dos anos 60 e 1900, quando, a 16 de Agosto, morreu em Paris. Nesse lapso temporal, Eça marcou a cena literária portuguesa com uma produção literária de alta qualidade, alguma dela deixada inédita à data da sua morte.
Formado na Coimbra romântica e boémia dos anos 60, o jovem Eça acolhe o ascendente de Antero de Quental como líder de uma geração de intelectuais abertos ao influxo de correntes estéticas e ideológicas que se projectam na vida literária desses anos e das décadas seguintes: social ismo, realismo, naturalismo, etc. (cf. "Um Génio que era um Santo", in Notas Contemporâneas). Logo depois, em Lisboa e em Évora, Eça de Queirós conhece a experiência do jornalismo (n’O Distrito de Évora, na Gazeta de Portugal, onde colabora com folhetins postumamente editados em livro, em 1903, com o título Prosas Bárbaras). A invenção (com Antero e Batalha Reis) da figura de Carlos Fradique Mendes, bem como a composição d'O Mistério da Estrada de Sintra (publicado em cartas, em 1870, no Diário de Notícias, de parceria com Ramalho Ortigão) prolongam ainda o tom e a temática romântica que caracterizam este Eça em tempo de aprendizagem literária. As Conferências do Casino (em 1871 e de novo sob o impulso motivador de Antero) representam, na vida literária de Eça de Queirós e da sua geração, um momento decisivo e de abertura a novos rumos estéticos e ideológicos: relaciona-se essa abertura com a análise e com a crítica da vida pública que As Farpas (1871-72, de novo com Ramalho) haviam iniciado, sob o signo do realismo e já mesmo do naturalismo emergentes em Portugal.
Eça de Queirós, época de O Primo BasílioFotografia, A. desc., 1878in O Primo Basílio, 2ª ed., 1878
O facto de ter saído do país, em 1872, quando parte para o seu primeiro posto consular, em Havana, não impede o romancista de fazer da crítica à vida pública do seu país um dos grandes vectores da sua obra; a verdade, porém, é que Eça se vê confrontado com a distância a que se encontra o espaço português que deveria observar e di-lo numa carta a Ramalho Ortigão, a 8 de Abril de 1878: “Convenci-me de que um artista não pode trabalhar longe do meio em que está a sua matéria artística”. As Cenas Portuguesas (ou Cenas da Vida Portuguesa) em que Eça então trabalhava acabariam por abortar, enquanto projecto de ampla crónica de costumes, envolvendo um conjunto harmonioso de narrativas. Apesar disso, o escritor consagra o fundamental da sua actividade literária, entre meados dos anos 70 e meados dos anos 80, à escrita, publicação e revisão de romances de índole realista e naturalista: O Crime do Padre Amaro (com três versões, muito distintas entre si, em 1875, 1876 e 1880), O Primo Basílio (1878) e, de certa forma ainda, A Relíquia (1887) e Os Maias (1888), este último um romance em que eclecticamente se fundem temas e valores de feição diversa. Depois disso, Eça privilegia áreas temáticas e opções narrativas nalguns casos claramente afastadas das exigências do realismo e do naturalismo: a novela O Mandarim (1880) fora um primeiro passo nesse sentido, tal como o serão depois, em registos peculiares, A Correspondência de Fradique Mendes (1900), A Ilustre Casa de Ramires (1900) e A Cidade e as Serras (1901), romance que, tal como os dois títulos anteriores, deve considerar-se semi-póstumo. Por publicar ficam tentativas em estado diverso de elaboração: A Capital, O Conde Abranhos, Alves & Cª. e A Tragédia da Rua das Flores, este último um projecto claramente abandonado pelo escritor.
No seu conjunto, a obra queirosiana exibe formas e temas muito distintos, pode dizer-se até que em constante (ainda que lenta) mutação. Essa mutação traduz não apenas um sentido agudo de insatisfação estética (patente também no facto de o escritor ter submetido muitos dos seus textos a profundos trabalhos de reescrita), mas também uma grande capacidade para intuir e até antecipar o sentido da evolução literária que no seu tempo Eça testemunhou e viveu.
Eça de Queirós na sua última residência de Neuilly - c. 1893Fot., A. desc.
Enquanto intérprete do realismo e do naturalismo, Eça tratou de cultivar um tipo de romance consideravelmente minudente, no que toca aos espaços representados e às personagens caracterizadas; entre estas, avultam os tipos sociais, emblematicamente remetendo para aspectos fundamentais da vida pública portuguesa, na segunda metade do século XIX. À medida que as referências realistas e naturalistas se vão diluindo, é a representação da vida psicológica das suas personagens que começa a estar em causa: a articulação de pontos de vista individuais, bem como o tratamento do tempo narrativo constituem domínios de investimento técnico que o romancista trabalhou com invulgar perícia; por outro lado, as histórias relatadas diversificam-se e dão lugar a diferentes estratégias narrativas: narradores de feição testemunhal (n'O Mandarim, n'A Relíquia e n'A Cidade e as Serras) alternam, então, com formas de representação próximas do relato biográfico e do testemunho epistolográfico (n'A Correspondência de Fradique Mendes).
As transformações assinaladas são indissociáveis de balizas ideológicas e periodológicas que, sem excessiva rigidez mas com inegável significado epocal, devem ser mencionadas. Deste modo, en quanto aceita os princípios do realismo e do naturalismo, Eça procura fundar a representação narrativa na observação dos cenários que privilegia; as personagens que os povoam (Luísa, Amaro, Amélia) surgem como figuras afectadas por factores educativos e hereditários que os romances tratam de pôr em evidência, de forma normalmente muito crítica. Já, contudo, a terceira versão d'O Crime do Padre Amaro abre caminho a indagações de natureza histórica e a incursões pelo simbólico. Em harmonia com estas tendências, Os Maias revelam um aprofundamento notório dessas indagações: não é possível entender o trajecto pessoal das personagens mais relevantes sem aludirmos ao devir de uma família que, ao longo do século XIX, testemunha, em várias gerações, os acontecimentos históricos, políticos e culturais que decisivamente marcam a vida pública portuguesa. Para além disso, o protagonista do romance vive o destino trágico que, pela via do incesto, conduz a família à extinção. O que permite remeter esse destino, de novo pelo eixo das ponderações simbólico-históricas, para o plano das vivências colectivas; essas vivências envolvem a geração de Eça e, mais alargadamente, o Portugal decadente do fim do séc. XIX, que é aquele que Carlos da Maia observa em Lisboa, quando por algum tempo regressa, em 1887. Por fim, este Eça é o mesmo que recupera a figura de Carlos Fradique Mendes, fazendo dele não apenas uma manifestação de dandismo, mas também a voz autónoma que valoriza o genuíno e os costumes pitorescamente portugueses, ao mesmo tempo que refuta (a exemplo do que se lerá n’A Cidade e as Serras) os excessos da civilização moderna e finissecular.
Eça de Queirós, cônsul em Paris - c. 1893Fot., A. desc.
O romance A Ilustre Casa de Ramires vem a ser, por um lado, a cedência de Eça àquilo a que chamara “o latente e culpado apetite pelo romance histórico” e, por outro lado, uma nova oportunidade para pensar ficcionalmente a História de Portugal, em tempo de profunda crise institucional, com alcance nacional (Ultimato inglês, 31 de Janeiro, iminência de bancarrota, etc.) Ao mesmo tempo, Gonçalo, protagonista d'A Ilustre Casa de Ramires, faz-se novelista de circunstância e, desse modo, projecta no romance traumas e fantasmas que eram os do próprio Eça (o receio do plágio, as dificuldades da escrita, a sedução pela Idade Média, etc.).
Refira-se ainda que a produção literária de Eça de Queirós não se limitou ao romance, mas estendeu-se também ao conto: em certos contos queirosianos (p. ex.: em Civilização), estão embrionariamente inscritos temas e acções desenvolvidas em romances. Para além disso Eça colaborou em diversas publicações periódicas ou de circunstância (jornais, revistas, almanaques); nalgumas daquelas chegou a manter uma regular actividade de cronista, na qual se surpreende o observador privilegiado e atento à vida política internacional, à evolução dos costumes, à actividade cultural, etc. Foi também por acreditar na capacidade de intervenção destes seus escritos que Eça projectou, fundou e dirigiu a Revista de Portugal (1889-1892). Apesar da vida efémera que teve, a Revista de Portugal conseguiu afirmar-se como uma das mais cultas e elegantes publicações da sua época, buscando superar, com a ajuda de vozes prestigiadas (além de Eça, Oliveira Martins, Antero de Quental, Alberto Sampaio, Moniz Barreto, Teófilo Braga, Luís de Magalhães, Rodrigues de Freitas, etc.), o clima de vencidismo a que o escritor também chegou a aderir.
Bibliografia activa: O Mistério da Estrada de Sintra (Lisboa, 1870); O Primo Basílio (Porto-Braga, 1878); O Crime do Padre Amaro (Porto-Braga, 1880); O Mandarim (Porto, 1880); A Relíquia (Porto, 1887); Os Maias (Porto, 1888); Uma Campanha Alegre (Lisboa, 1890-91); A Correspondência de Fradique Mendes (Porto, 1900); A Ilustre Casa de Ramires (Porto, 1900); A Cidade e as Serras (Porto, 1901); Contos (Porto, 1902); Prosas Bárbaras (Porto, 1903); Cartas de Inglaterra (Porto, 1905); Ecos de Paris (Porto, 1905); Cartas Familiares e Bilhetes de Paris (Porto, 1907); Notas Contemporâneas (Porto, 1909); Últimas Páginas (Porto, 1912); A Capital (Porto, 1925); O Conde d'Abranhos (Porto, 1925), Alves & Cia. (Porto, 1925); O Egipto (Porto, 1926); A Tragédia da Rua das Flores (Lisboa, 1980). A edição crítica das obras de Eça de Queirós está a ser publicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda desde 1992.
Bibliografia passiva: M. Sacramento, Eça de Queirós - uma estética da ironia, 2ª ed., Lisboa, Imp. Nacional-Casa da Moeda, 2002; E. Guerra da Cal, Língua e estilo de Eça de Queiroz, 4ª ed., Coimbra, Almedina, 1981; A. Machado da Rosa, Eça, discípulo de Machado?, 2ª ed., Lisboa, Ed. Presença, 1979; A. Coleman, Eça de Queirós and European Realism, New York-London, New York Univ. Press, 1980; J. Gaspar Simões, Vida e obra de Eça de Queirós, 3ª ed., Amadora, Bertrand, 1980; A. José Sarai va, As ideias de Eça de Queiroz, Lisboa, Gradiva, 2000; Carlos Reis, Estatuto e perspectivas do narrador na ficção de Eça de Queirós, 3ª ed., Coimbra, Almedina, 1984; id. e M. do Rosário Milheiro, A construção da narrativa queirosiana, Lisboa, Imp. Nacional-Casa da Moeda, 1989; id., O Essencial sobre Eça de Queirós, 2ª ed., Lisboa, Imp. Nacional-Casa da Moeda, 2005; Lucette Petit, Le champ du signe dans le roman queirosien, Paris, F. C. Gulbenkian, 1987; I. Pires de Lima, As máscaras do desengano. Para uma abordagem sociológica de "Os Maias" de Eça de Queirós, Lisboa, Caminho, 1987; Alan Freeland, O leitor e a verdade oculta. Ensaio sobre Os Maias, Lisboa, Imp. Nac.-Casa da Moeda, 1989; A. Campos Matos (coord.), Dicionário de Eça de Queiroz, 2ª ed. e suplemento, Lisboa, Caminho, 1992-2000; Fagundes Duarte, A fábrica dos textos, Lisboa, Cosmos, 1993; Carlos Reis (coord.), Eça de Queirós. 1845-1900 [documento electrónico: http://purl.pt/93], Lisboa, Bib. Nacional, 2000.
In: http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/equeiros.html

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

José Saramago


Este mês de Novembro, no dia 16, José Saramago cumpriria 88 anos. Cumpri-los-á, porque José Saramago continua a habitar em muitos leitores e, como alguém disse, também nos corações das pessoas, para além de na bibliotecas. Por todo o mundo se realizarão actos, dos quais iremos dando conta. Numa entrevista à agência Lusa na semana em que completaria 88 anos, Violante Saramago Matos diz que “ser filha de José Saramago é um peso enorme, uma grande honra e um grande orgulho, que tem de dosear para não se deixar afogar na sua dimensão”
http://www.josesaramago.org/

sábado, 20 de novembro de 2010

José e Pilar

Estreou na passada quinta-feira, dia 18, o documentário "José e Pilar". Este mostra o dia-a-dia do casal em Lanzarote e Lisboa, na sua casa e em viagens de trabalho por todo o mundo. «José e Pilar» é um retrato surpreendente de um autor durante o seu processo de criação e da relação de um casal empenhado em mudar o mundo ou, pelo menos, em torná-lo melhor.
«José e Pilar» revela um Saramago desconhecido, desfaz ideias feitas e prova que génio e simplicidade são compatíveis. «José e Pilar» é um olhar sobre a vida de um dos grandes criadores do século XX e a demonstração de que, como diz Saramago, «tudo pode ser contado de outra maneira».


Ficha Técnica:
Título: «José e Pilar»

Título original: «José e Pilar»

Realização: Miguel Gonçalves Mendes

Género: Documentário

País: Portugal

Ano: 2010

Duração: 90 minutos

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Entrega dos livros do PNL

É já logo à tarde que os alunos do núcleo de Cerva que frequentam os 1º e 5º anos de escolaridade vão receber os livros oferecidos pelo Plano Nacional de Leitura. Esta iniciativa pretende desenvolver nossas crianças e jovens o gosto pela leitura.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Poemas da Mentira e da Verdade, Luísa Ducla Soares

Aqui está mais um dos livros que serão oferecidos já amanhã!
Os Poemas da Mentira e da Verdade são dois olhares simultâneos sobre a realidade. O da imaginação, da fantasia, do "nonsense" e o da seriedade, da objectividade, do espírito crítico. Num e noutro perpassa um humor muito característico da autora. Dedicados a crianças avessas à leitura e particularmente à poesia, este livro cativá-las-á pela irreverência, pelo jogo de palavras, pela cumplicidade com o mundo das crianças. Revela-se, na opinião de muitos professores, como um excelente recurso para os miúdos que não lêem.


Excerto do poema "Canção da Mentira":

Foi numa serra nevada
em Vila Franca de Xira
que um lagarto me ensinou
esta canção da mentira.



Ia um rei a cavalgar
na sua pulga preferida,
em cada salto saltava
uma légua bem medida.



Encontrou uma princesa
que chiava de aflição
ao ver um gato com garfo
e faca a comer um rato.
(...)


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Livros a oferecer

Eis um dos livros a oferecer aos alunos deste Agrupamento:


Dente Branco, Adaptado do original de Jack London


Esta maravilhosa colecção de clássicos proporcionará às crianças a partir dos 8 anos momentos divertidos de aventura, que as deixarão encantadas até à última página!Cada história foi magnificamente reescrita para se adaptar às competências de leitura destas idades.As belíssimas ilustrações tornam os "Clássicos Juvenis" uma experiência de leitura única!
Da mesma colecção temos ainda:
Heidi
Robinson Crusoe
A Ilha do Tesouro
Tom Sawyer
Robin dos Bosques
Pocahontas
As Viagnes de Gulliver
Excerto:
"O extremo Norte do Alasca é uma zona bravia e em estado primitivo, constituída por uma enorme e ameaçadora floresta, na qual os pinheiros chegam ao céu em densas sombras. No Inverno, a floresta cobre-se de um espesso tapete de neve e é necessário lutar pela sobrevivência, enfrentando um eterno frio e fome constantes."
Curiosos?

domingo, 14 de novembro de 2010

Entrega de livros do PNL

A entrega dos livros do PNL aos alunos dos 1º e 5º anos irá decorrer na próxima semana, dia 19 de Novembro. A cerimónia decorrerá, em princípio, da parte da manhã na Biblioteca do Núcleo de Ribeira de Pena e de tarde no Núcleo de Cerva e deverá contar com a presença, além da Coordenadora da Biblioteca, Teresa Pires, da Presidente da CAP, Paula Leal.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lenda de S.Martinho


Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo, estava a passar num caminho para atravessar os Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam. De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão! Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Chico Buarque vence prémio Portugal telecom



O romance Leite Derramado, do escritor e compositor Chico Buarque, venceu a oitava edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura, que homenageou José Saramago, anunciaram na segunda feira os organizadores.


As obras "Outra Vida", do brasileiro Rodrigo Lacerda, e "Lar", do também brasileiro Armando Freitas Filho, ficaram, com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Quarto romance de Chico Buarque, "Leite Derramado" conta a história de um velho, com mais de 100 anos, preso a um leito de hospital, de onde relata, a quem quiser ouvir, a história de sua vida.
Depois de receber o prémio, Chico Buarque disse considerar "natural" o fato de ser mais conhecido como compositor do que como escritor.
"As pessoas não me consideram um escritor, a música é muito mais popular, aparece no rádio e na televisão", salientou.
Na cerimónia, foi feita uma homenagem ao Nobel da Literatura José Saramago, falecido em Julho, cujo romance "Caim" foi retirado da lista final do galardão deste ano, por iniciativa da Fundação Saramago e da Companhia das Letras, editora do escritor no Brasil.
Antes do anúncio do prémio, apresentado pelo humorista Jô Soares, foram exibidos alguns trechos do documentário "José e Pilar", do realizador Miguel Gonçalves Mendes.
Pilar del Rio recebeu uma distinção especial a José Saramago oferecida pelos organizadores do galardão e conversou com Jô Soares sobre o documentário.
"Adorei, gostei das interpretações, está muito respeitoso, cheio de vida, de momentos concretos, a câmara foi discreta, a equipa foi muito delicada", afirmou.
Criado em 2003, o prémio distingue romances, contos, poesias, crónicas, dramaturgias e autobiografias, escritos originalmente em língua portuguesa, com primeira edição no Brasil, entre 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009.
Participaram igualmente obras com primeira edição no estrangeiro, entre 01 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2009, desde que tenham tido a primeira edição no Brasil em 2009.
Gonçalo M. Tavares foi o primeiro escritor português distinguido com o galardão, em 2007, com "Jerusalém".
Os outros seis finalistas deste ano foram "A passagem tensa dos corpos", de Carlos de Brito e Mello, "Avó Dezanove e o segredo do soviético", de Ondjaki, "Monodrama", de Carlito Azevedo, "O filho da mãe", de Bernardo Carvalho, "Olhos secos", Bernardo Ajzenberg, e "Pornopopéia", de Reinaldo Moraes.
Os vencedores receberam prémios de 100.000 reais (42.372 euros), 35.000 reais (14.830 euros) e 15.000 reais (6.355 euros), respectivamente, primeiro, segundo e terceiro classificados.
No ano passado, o escritor brasileiro Nuno Ramos, autor do livro "Ó", venceu o Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa.
Os também autores brasileiros João Gilberto Noll, com "Acenos e Afagos", e Lourenço Mutarelli, com "A Arte de Produzir Efeito sem Causa", ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Conversas de escritores


O que acontece quando os maiores escritores da literatura universal contemporânea se sentam para falar com José Rodrigues dos Santos? - A resposta é: um diálogo fascinante. Conversa de Escritores coloca os grandes autores do nosso tempo a reflectir sobre a vida, o mundo e a escrita. São vozes e rostos que desfilaram semanas a fio pela antena da RTP-N no mais inteligente programa da televisão portuguesa em 2009. Dez grandes escritores, dez grandes conversas!Este livro traz-nos as entrevistas com dez dos principais escritores da literatura universal contemporânea e ainda as histórias de bastidores dos seus encontros com José Rodrigues dos Santos.

In Wook

sábado, 6 de novembro de 2010

A Tia Julia e o Escrevedor de Mário Vargas Llosa


Sinopse
A nova edição, revista, de um dos mais originais e famosos romances de Mario Vargas Llosa.A Tia Julia e o Escrevedor é um dos livros mais originais de Vargas Llosa. Conta a história de Varguitas, um jovem peruano com ambições literárias que se apaixona por uma tia com quase o dobro da sua idade. Em paralelo a esse romance proibido, na Lima dos anos cinquenta, Varguitas conhece Pedro Camacho, autor excêntrico de radionovelas cujos enredos mirabolantes fascinam os peruanos. As novelas vão muito bem, até ao dia em que Pedro Camacho, sobrecarregado, começa a confundir enredos e personagens. E, ao mesmo tempo, o romance entre Varguitas e a tia Julia é descoberto pela família. Ironia e romance em doses perfeitas, memórias autobiográficas e criação literária magistral fazem deste livro um clássico da literatura contemporânea.
In Wook

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Anjos e Demónios

Trailer oficial do filme baseado no romance homónimo de Dan Brown.