Sinopse: Não é um recital de poesia.
Não é uma peça de teatro.
Não são sketches nem stand-up comedy.
Sendo Portugal, ao que tudo indica, um país de poetas, não serão eles, os poetas, também os autores dos nossos romances e das nossas peças de teatro?
Havendo, na poesia portuguesa, uma linha sarcástica, maldizente, de observação e crítica social, porque não ir aí à procura de vozes, de ecos da rua, de pregões, de anúncios, de diálogos? Imagine um aparelho de rádio, e imagine-se a mudar constantemente de posto, apanhando fragmentos dos programas mais diversos. Não andará muito longe do que se quis fazer.
Um recital envolvente, de ritmo avassalador, com o intimismo de um ensaio, que rompe com o silêncio das bibliotecas.
Humorístico só porque sim.
De textos na mão, quase ao desafio, trocando informalmente de papéis, os actores João Lagarto e Vitor Norte levam-nos numa viagem de sessenta minutos por textos variados, de autores consagrados, entrelaçados de forma inesperada e surpreendente. Por vezes, até para os próprios actores.
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