domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Mario Vargas Llosa- 103ª Prémio Nobel da Literatura
“Muito comovido e entusiasmado.” Assim se sentiu Vargas Llosa ao saber que era seu o Nobel da Literatura deste ano. Foram as primeiras declarações do escritor, feitas à agência de notícias peruana Andina e citadas pela Lusa.Vargas Llosa está em Manhattan, onde se encontra durante o período em que está a leccionar na Universidade de Princeton, soube o PÚBLICO na Feira do Livro de Frankfurt. "Todos os anos ele sonhava com isto e sempre lhe dissémos que era este o ano", comentava a directora de marketing da Alfaguara (do grupo Santillana), Angeles Aguilera, ao PÚBLICO.
O peruano, de 74 anos, foi distinguido "pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos", justifica a Academia em comunicado divulgado poucos minutos após o anúncio do Nobel. As Publicações Dom Quixote, editora da maior parte da obra do escritor em Portugal, congratularam-se pela distinção em comunicado. "Depois de vários anos em que o seu nome foi sucessivamente apontado como vencedor do Nobel", lê-se, "a Academia Sueca decidiu, finalmente, premiar a obra de Vargas Llosa, conhecida e admirada em todo o mundo."Francisco José Viegas, director editorial da Quetzal, que publicará em 2011 o mais recente romance do escritor, considerou a escolha "absolutamente inesperada", isto, "tendo em conta a tradição dos últimos anos, pelo menos, ou das últimas décadas, do Nobel".
Em declarações à Lusa desde Frankfurt, onde acompanha a feira do livro da cidade alemã, Francisco José Viegas definiu Mario Vargas Llosa como um autor que "estuda o poder, estuda as formas de poder, as formas de exercício do poder e também estuda um pouco aquilo que é a memória revolucionária da América Latina”. A atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Mario Vargas Llosa é “um grande incentivo” a todos os que se preocupam com os países onde não há democracia ou a liberdade está ameaçada”, disse o filho do escritor, Alvaro Vargas Llosa. Uma brincadeira?Entrevistado pelo canal de televisão argentino C5N, o também escritor afirmou que o seu pai pensava que era uma brincadeira quando soube que tinha sido distinguido pela Academia Sueca.
Mario Vargas Llosa, de 74 anos, “ficou na dúvida até ao último momento, quando fizeram o anúncio oficial”, disse o filho. Recordou ainda que “há muitos anos”, alguém se fez passar por um membro da academia e anunciou ao seu pai que tinha ganho o Nobel da Literatura. “Nunca mais teremos que responder à maldita pergunta porque é que não deram o Nobel da Literatura a Vargas Llosa”, comentou. De acordo com a agência de notícias France Press, o laureado dará uma conferência de imprensa hoje à tarde no Instituto Cervantes de Nova Iorque.No ano passado a distinção foi atribuída a Herta Müller. Em anos anteriores receberam também o Nobel da Literatura nomes como Jean-Marie Gustave Le Clézio (2008), Doris Lessing (2007), Orhan Pamuk (2006) ou Harold Pinter (2005). José Saramago, falecido em Junho deste ano, recebeu o Nobel em 1998, sendo o primeiro português a ser distinguido nesta categoria pela Academia Sueca.Mario Vargas Llosa recebe o 103.º Prémio Nobel da Literatura, atribuído pela primeira vez em 1901. É o 11.º autor de língua espanhola a receber a distinção, depois de laureados como Camilo Jose Cela (1989), Gabriel Garcia Marquez (1982), Pablo Neruda (1971) ou Gabriela Mistral (1945). O autor de língua espanhola que mais recentemente venceu o Nobel literário foi o mexicano Octavio Paz, em 1990. Este é o quarto Nobel atribuído este ano, depois do de Medicina (Robert G. Edwards), Física (Andre Geim e Konstantin Novoselov) e Química (Richard Heck, Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki) . O prémio literário tem um valor monetário de cerca de um milhão de euros.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Sobre a leitura...
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por idéias."( Mário Vargas Llosa )
"São necessários anos de leitura atenta e inteligente para se apreciar a prosa e a poesia que fizeram a glória das nossas civilizações. A cultura não se improvisa. "( Julien Green )
"Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo."( Paulo Francis )
"O importante é motivar a criança para leitura, para a aventura de ler."( Ziraldo )
"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro."
( Henry David Thoreau )
"Em muitas ocasiões a leitura de um livro fez a fortuna de um homem, decidindo o curso de sua vida."( Ralph Waldo Emerson )
"Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?"( Fernando Pessoa )
"Amar a leitura é trocar horas de fastio por horas de inefável e deliciosa companhia."( John F. Kennedy )
"A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro."( Samuel Johnson )
"A leitura, como a comida, não alimenta senão digerida."( Marquês de Maricá )
"A leitura nutre a inteligência."( Sêneca )
"A leitura não é uma atividade elitizada, mas uma ferramenta de transformação social dos indivíduos. "( Julian Correa )
"A leitura não deve ser mais do que um exercício para nos obrigar a pensar. "( Edward Gibbon )"
A leitura faz ao homem completo; a conversa, ágil, e o escrever, preciso. "( Francis Bacon )
"A leitura engrandece a alma. "( Voltaire )
"A leitura é uma conversação com os homens mais ilustres dos séculos passados. "( René Descartes )"
A leitura é um grande lenitivo para a velhice nos achaques que a incomodam, e reclusão a que obrigam. "( Marquês de Maricá )"
A leitura é a viagem de quem não pode pegar um trem."( Francis de Croisset )
"A leitura deve ser para o espírito como o alimento para o corpo, moderada, sã e de boa digestão."( Marquês de Maricá )
"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."( André Maurois )
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
António Mota
António Mota nasceu em Vilarelho, Ovil, concelho de Baião, em 16 de Julho de 1957. Foi professor do Ensino Básico.Publicou o seu primeiro livro, A Aldeia das Flores, em 1979.Com a obra O Rapaz de Louredo (1983) ganhou um prémio da Associação Portuguesa de Escritores.
Em 1990, recebeu o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens pelo seu romance Pedro Alecrim.Em 1996, ganhou o Prémio António Botto com A Casa das Bengalas.
Em 2003, a obra O Sonho de de Mariana, ganhou o Prémio Nacional de Ilustração, com ilustrações de Danuta Wojciechowska. Esta obra foi escolhida pela Associação de Professores de Português e Associação de Profissionais de Educação de Infância para o projecto "O meu brinquedo é um livro".
Em 2004, recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, na modalidade de livro ilustrado, pela obra Se eu fosse muito Magrinho. com ilustrações de André Letria.Desde 1980 tem sido solicitado a visitar escolas do Ensino Básico e Secundário, assim como bibliotecas públicas,em Portugal e outros países, fomentando deste modo o gosto pela leitura entre crianças e jovens.Colaborou com vários jornais e participou em diversas acções organizadas por Bibliotecas e Escolas Superiores de Educação.
Os seus livros estão antologiados em volumes de ensino do Português e tem obras traduzidas em Espanha e Alemanha. Tem mais de quatro dezenas de obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura. Tem livros incluídos em listas de obras literárias de qualidade recomendadas pela Internatinal Youth Library de Munique Em 2008 foi agraciado com a Ordem da Instrução Pública.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Olavo Bilac
Não! Não estou a falar do vocalista de uma banda portuguesa, mas do primeiro, do original...
Olavo Bilac (Rio de Janeiro , 1865-1918) começou os cursos de Medicina, no Rio, e Direito, em São Paulo, mas não chegou a concluir nenhuma das faculdades. Em 1884, o seu soneto "Nero" foi publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro. Em 1887 iniciou a carreira de jornalista literário e, em 1888, teve publicado seu primeiro livro, Poesias. Nos anos seguintes, publicaria crónicas, conferências literárias, discursos, livros infantis e didácticos, entre outros. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi o primeiro a ser eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. De 1915 a 1917, fez campanha cívica nacional pelo serviço militar obrigatório e pela instrução primária. Destaca-se em sua obra poética o livro póstumo Tarde (1919). Parte das crónicas que escreveu em mais de 20 anos de jornalismo está reunida em livros, entre os quais Vossa Insolência (1996). Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante dos poetas parnasianos brasileiros. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros".
Um beijo
Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!
***
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.
***
Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?
***
Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto....
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
A HISTÓRIA DO DIA DE HOJE
A VIDA
Era uma vez um belo cabelo levado pelo vento. Loiro. Vinha uma corrente de ar e soprava-o para um lado. Vinha outra corrente de ar e soprava-o para o outro. E o cabelo rodopiava, solto à luz do Sol, que com qualquer coisa se maravilha. Até um singelo grão de pó, tocado pelo Sol, fica como se fosse de prata? Cabelo de anjo seria? Cabelo de fada? Cabelo de menina que pela primeira vez se penteia? - Esta história tem um cabelo - disse alguém, fazendo uma careta, como se dissesse ?Esta sopa tem um cabelo" e a pusesse de lado. Pois tem. E depois? Um cabelo não merece história? Então, continuemos. O cabelo encontrou-se no ar com uma pena, uma pequeníssima pena, tão leve como ele. De pavão? De pintassilgo? De canário? Tanto faz. Há muito tempo que sabia voar sozinha. Cabelo e pena são agora dois. Junta-se-lhes um fiapo de algodão, tão sem destino como eles. Já são três. E a história complica-se. Para complicá-la mais, veio ter com eles um fio de seda, sabe-se lá donde? Talvez de uma bordadeira que sacudiu a saia. Ou de uma fita a enfeitar cartas, que o tempo esqueceu? São coisas sem nada, sem peso, sem destino, mas com muita história por contar. Uma semente, depois, agarra-se à pena, ao cabelo, ao fiapo, ao fio de seda, e todos juntos dançam a moda que o vento quer. Ah, mas a semente é pesada e a dança termina cedo. Cai, arrastando consigo na queda as asas a que se juntara. Logo a seguir veio a chuva. A semente afunda-se, um niquinho só, mais o rolo de coisas sem futuro, que caíram com ela. E pronto. Para a próxima Primavera, daquela semente vai nascer uma erva, com uma flor ao cimo. Uma flor branca, como o fiapo de algodão, de pétalas frágeis como penas. Há-de vir o vento arrebatá-la da haste e levá-la com ele, como um fio de seda, um cabelo, eu sei lá que mais? É a vida.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Livros on-line
Neste site brasileiro podem encontrar centenas de livros, em várias línguas, que podem descarregar para o vosso computador. Para aceder à página dos livros em português clique em:
http://www.virtualbooks.com.br/v2/ebooks/?idioma=Português
domingo, 17 de outubro de 2010
O tradutor de "Ls Lusíadas"
Amadeu Ferreira, vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários passou oito anos a traduzir Os Lusíadas para mirandês. Inicialmente decidiu fazer uma espédie de antologia da poesia portuguesa traduzida para mirandês no jornal "O nordeste" e só depois se debruçou sobre esta tarefa árdua. Demorou 5 anos a traduzir e mais 3 a rever a tradução. O mais difícil, explica, "Não foi traduzir as palavras, foi dar-lhes o sentido do texto original, a rima, a musicalidade, isso sim deu muito trabalho".
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Encontro Internacional sobre Álvaro de Campos
Teresa Rita Lopes é a especialista em Fernando Pessoa que abre o I Encontro Internacional dedicado a Álvaro de Campos, que se realiza no Hotel Porta Nova, em Tavira, nos dias 15 e 16. Organizado pela Associação Casa Álvaro de Campos, este colóquio tem como objetivo debater várias facetas do pseudónimo futurista e decadentista de Fernando Pessoa.
In Jornal de Letras
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O Tesouro da Leitura
Esta narrativa breve, publicada, pela primeira vez, em 1993, pela Associação 25 de Abril e pela APRIL, com suaves ilustrações de Manuela Bacelar, foi reeditada, agora, com uma componente pictórica mais dominante e forte, da autoria de Evelina Oliveira. Trata-se de uma obra que tem como leitmotiv a Memória e um momento crucial da História recente: a Revolução dos Cravos. Num registo vivo e emotivo, pontuado pela metáfora, pelas estruturas enumerativas polissindéticas e pelas notações sensoriais, nomeadamente auditivas e visuais, Manuel António Pina ficcionaliza o antes, o durante e depois do 25 de Abril de 1974, deixando um apelo para que o «Dia da Liberdade» nunca deixe de ser lembrado e para que esse «País das Pessoas Tristes» não regresse. Detecta-se, neste conto, o cruzamento de um conjunto de binómios com importantes valências expressivas e simbólicas, designadmente: o estado de espírito “cinzento” das pessoas vs. o cenário “azul” que as envolve; a sua aparência fechada e silenciosa vs. a sua essência franca, aberta e dialogante; silêncio vs. canção; o passado vs. presente; o país das pessoas tristes vs. as terras dos visitantes; medo vs. coragem; opressão vs. liberdade; ditadura vs. democracia. Sara Reis da Silva
Dados bibliográficos -
Título O tesouro
Autor-Manuel António Pina, Evelina Oliveira (Ilustrador)
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
O Filme do Desassossego
Já estreou o filme de João Botelho feito a partir da obra Livro do Desassossego de Fernando Pessoa.
Um quarto de uma casa na Rua dos Douradores. Um homem inventa sonhos e estabelece teorias sobre eles. A própria matéria dos sonhos torna-se física, palpável, visível. O próprio texto torna-se matéria na sua sonoridade musical. E, diante dos nossos olhos, essa música sentida nos ouvidos, no cérebro e no coração, espalha-se pela rua onde vive, pela cidade que ele ama acima de tudo e pelo mundo inteiro. Filme desassossegado sobre fragmentos de um livro infinito e armadilhado, de uma fulgurância quase demente mas de genial claridade. O momento solar de criação de Fernando Pessoa. A solidão absoluta e perfeita do EU, sideral e sem remédio. Deus sou eu!, também escreveu Bernardo Soares.
Ficha Técnica:
Título: «Filme do Desassossego»
Título original: «Filme do Desassossego»
Realização: João BotelhoElenco: Alexandra Lencastre, Catarina Wallenstein, Cláudio da Silva, Marcello Urgeghe, Margarida Vila-Nova, Mónica Calle, Ricardo Aibéo, Rita Blanco
Género: Drama
País: Portugal
Ano: 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Visitas guiada à biblioteca
terça-feira, 5 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Gato e Andorinha-um amor impossível
Arriscaria dizer que este livro (mais um recomendado pelo PNL) fala de uma das mais belas histórias de amor de sempre, de um amor impossível, tipo Romeu e Julieta, já que as suas próprias espécies nunca permitiriam tamanha aberração. Um gato e uma andorinha juntos? Impossível! Eles que são inimigos desde o início dos tempos nunca poderão ser felizes juntos.
Este é um belíssimo livro de Jorge Amado que fala sofre o preconceito e o amor. Não percas!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Poemas com animais
O livro Poemas com animais de José Fanha está recomendado para o 9º ano de escolaridade.
Nele farás uma visita a alguns dos nossos maiores poetas e verás a forma como eles falam dos animais, os reais e os simbólicos, os domésticos e os selvagens, os que nos saltam para dentro dos pesadelos. A poesia escrita e dita, proposta a todos e especialmente aos jovens numa viagem através do que há de melhor na música da nossa língua. Pela voz de José Fanha, conhecido poeta e declamador, cria-se a chave para o encontro dos leitores com a música da língua em cada poema.
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